Originário da pequena ilha de Jersey, é provável que se tenha formado, há séculos, pelo cruzamento de animais provenientes da Normandia e da Bretanha. É uma raça de reputação mundial, criada na Inglaterra, Austrália, Canadá, México, América Central, Japão e em muitos outros países, inclusive no Brasil.
Descrição
Peso médio de 350 Kg nas vacas e 600 a 700 nos touros.
Nos Estados Unidos, as vacas pesam em média 435 Kg.
Estatura de 115 a 120 cm nas vacas.
Pelagem amarela fusca, cor de veado, amarela mais ou menos clara, do cinzento ao pardo escuro até quase negro nos machos, que , são mais escuros. Em volta do focinho possui um anel de pelos claros, apresentando manchas escuras na face e nas extremidades do corpo.
O focinho e a língua são pretos ou cor de chumbo.
A pele é fina, frouxa, untuosa, de cor amarela, revestida de pelos curtos e brilhantes.
Os chifres são cor de âmbar ou brancos com pontas negras de preferência.
Cabeça bela, delicada, tipicamente feminina na fêmea, máscula no macho; é o gado leiteiro de cabeça mais larga e curta; francamente côncava, com órbitas salientes, marrafa chata, de pelos curtos; os chifres são pequenos, finos, achatados, fortemente dirigidos para a frente nas vacas, menos arcados e mais grossos nos touros; as orelhas são médias, finas e mantidas alertas; os olhos são grandes, cheios, um pouco proeminentes, de olhar manso na fêmea e resoluto no touro; o focinho é largo com narinas bem abertas.
Pescoço, na vaca, de comprimento médio, levantado como o de cabra, às vezes caído, podendo apresentar alguma barbela, o que é indesejável; nos touros- com extenso congote indicativo de masculinidade.
Corpo tipicamente leiteiro, em cunha perfeita, largo atrás, pequeno; o garrote é estreito; a linha dorsolombar deve ser forte e direita, de largura média, cortante na vaca; os rins devem ser largos e fortes, no mesmo plano da garupa; a garupa ‚ muito desenvolvida em todos os sentidos, pouco musculada e com as ancas aparentes; cauda saindo da linha da garupa, fina e longa, com abundante vassoura; as espáduas são leves e largas nas fêmeas, fortes, musculosas e bem definidas no touro; o tórax deveria ser profundo, regularmente largo e cheio, com os membros anteriores um pouco afastados e com o cilhadouro arredondado, porém é freqüente o tórax ser falho em largura e capacidade; no costado, as costelas são longas e bem arqueadas e o ventre é volumoso e profundo, mantido firme por boa musculatura; no touro, o costado é bastante profundo e desenvolvido.
O flanco é muito comprido.
O úbere é quadrado, ideal, bem irrigado, volumoso, com tetas pequenas e espaçadas.
Membros delicados, indicando ossatura fina, pouco musculados e corretamente aprumados.
As nádegas são delgadas, escavadas por dentro para dar lugar a um úbere grande.
As coxas dos touros são às vezes muito musculosas, mas deveriam ser chatas. Um defeito freqüente, que deve ser corrigido, é o aprumo irregular dos membros.
Aptidões e qualidades
A aptidão predominante é a manteigueira. É a mais econômica produtora de manteiga. Em média dá 3.300 Kg de leite com 5,01% de gordura.
É a mais precoce das vacas leiteiras. Em geral a primeira cobertura é feita dos 15 aos 18 meses de idade. Sua longevidade é também bastante grande.
Nas regiões tropicais mostra elevada tolerância ao calor. As Jerseys são ativas no campo, muito sóbrias, aproveitando pastagens comuns.
Não obstante, para darem grandes produções, requerem um suprimento de alimentos concentrados relativamente maior que outras raças. Rústicas, adaptam-se com mais facilidade às regiões quentes e secas que outras raças maiores. É a raça preferida no Sul dos Estados unidos. É popular em quase todos os países produtores de lacticínios. No Brasil, aclima-se com facilidade nos Estados do Sul, inclusive em São Paulo, onde pode viver no campo; contudo, a estabulação durante algumas horas diárias é o regime indicado. É provavelmente a raça leiteira indicada para as mais variadas condições deste país.
Fonte: Catalogo Rural
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